O Estudo New Insights into the Evolution of Mucilage Cells in Araucariaceae: Araucaria violetae sp. nov. from the Early Cretaceous Araripe Basin (Northeast Brazil (Novos conhecimentos sobre a evolução das células da mucilagem em Araucariaceae: Araucaria violetae sp. nov. do Cretáceo Inferior Bacia do Araripe (Nordeste do Brasil)), publicado na International Journal of Plant Sciences, importante revista americana sobre Botânica, aponta células de mucilagem mais antigas e excepcionalmente preservadas no registro fóssil.
O objetivo do artigo foi descrever uma nova espécie, a Araucaria violetae, aumentando a diversidade de plantas da bacia do Araripe, a descrição das células de mucilagem e interpretações paleoecológicas. As células de mucilagem podem ter função de armazenamento de água em plantas atuais. Devido a isso, é provável que tenha desempenhado a mesma função na espécie fóssil, uma vez que o clima era semiárido. A nova espécie recebeu o nome da ex-Reitora da Universidade Regional do Cariri (URCA), Violeta Arraes, ilustre figura feminina que teve grande representatividade, lutando por causas sociais.
De acordo com a primeira autora do artigo, Profa. Edenilce Peixoto, que é coordenadora de Geoconservação do Geopark Araripe e professora da Universidade Regional do Cariri (URCA), essa descoberta nos ajuda a entender melhor como se deu a evolução das araucariáceas, família a qual pertence o Pinheiro do Paraná (Araucaria angustifolia), que é “irmã” da Araucaria violetae. A pesquisa foi baseada em dois espécimes que estão depositados na coleção de paleontologia da Universidade Federal do Ceará (UFC).
O artigo é proveniente da tese de doutorado da pesquisadora e teve a participação de professores e pesquisadores da UFC Maria Iracema B. Loiola, Arlete A. Soares, Daniel Rodrigues Nascimento Jr., Wellington Ferreira Silva Filho, da UFRGS, Alexandra A. Mastroberti, da UTAD, Portugal, Artur A. Sá e Senckenberg Natural History Collections Germany, Lutz Kunzmann.