Aberto oficialmente na noite desta segunda-feira, 14, em Crato, o V Simpósio Brasileiro de Patrimônio Geológico, com a presença de pesquisadores de todo o Brasil, que este ano irão debater o tema (Re) Pensar o Patrimônio Geológico para o Geoturismo e Desenvolvimento Local. O evento foi aberto pelo Reitor da URCA, Francisco do O’ de Lima Júnior. A conferência magna de abertura foi proferida pelo presidente do Comitê Científico do Geoparque Arouca, em Portugal, Arthur Agostinho Abreu e Sá, sobre Patrimônio Geológico para o Geoturismo e Desenvolvimento Local.
O evento foi iniciado desde o último domingo na URCA, em Crato, com oficinas e palestras e terá sequência até a próxima sexta-feira. Na manhã desta terça-feira, foi realizado painel sobre Patrimônio geológico, geoconservação e geoturismo, com os palestrantes Gilson Burigo Guimarães – UEPG (Patrimônio Geológico), Marcos Antônio Leite do Nascimento – UFRN (Geoconservação), Edvaldo Dias da Silva Júnior – NEMA/ UFPE (Geoturismo). Também aconteceram as apresentações orais, e na parte da tarde, grupos de trabalho, sobre Patrimônio Geológico, Produção Mineral e Proteção ao Meio Ambiente.
O Reitor da instituição, Lima Júnior, disse que é uma grata satisfação a URCA estar abraçando nesse momento o evento, juntamente com a Associação Brasileira de Defesa do Patrimônio Geológico e Mineiro, nessa grande empreitada. Ele esteve acompanhado do superintendente do Geopark Araripe e Vice-reitor da URCA, Carlos Kleber de Oliveira. Também esteve representando o Prefeito do Crato, José Ailton Brasil, na abertura do simpósio, Germana Brito, Secretária de Educação
Segundo o Reitor, nessa quinta edição do simpósio, há um resgate da trajetória dos eventos anteriores, além de reforçar as estratégias de atualizar e estimular as ações de descrição, proteção e preservação, conhecimento e propagação do patrimônio geológico do Brasil. “O direcionamento do (re) pensar o patrimônio geológico para o geoturismo e o desenvolvimento local se coaduna com as preocupações e ações de nossa universidade e de nosso território, tendo em vista que aqui está situado o primeiro geoparque brasileiro, integrado ao Programa Global de Geoparques Unesco e da Rede Global de Geoparques”, afirma o Reitor.
Do evento, José Patrício Pereira Melo, coordenador de Cultura do Geopark Araripe, destacou o apoio para a realização do evento por meio do Governo do Estado e da URCA. Ele ressalta que as temáticas que serão trabalhadas durante esse evento, em larga medida, dialogam com o que se tem desenvolvido no território do Geopark Araripe.
O coordenador executivo do evento, Professor Rafael Soares, ressaltou que cada simpósio está envolto a uma peculiaridade e uma transversalidade, por perpassar por várias disciplinas. Ele destacou todo o esforço para a realização do evento e destacou o importante papel da associação, de refletir essa transversalidade.
O diretor executivo do Geopark Araripe, Nivaldo Soares, deu boas-vindas aos participantes do evento, e desejou que haja um bom aproveitamento das atividades durante a semana de realização do simpósio. O diretor destacou os 13 anos de reconhecimento do Geopark Araripe, um período de plena comemoração, além da conquista do Selo Verde, recentemente, para o quadriênio.
A presidente da Associação Brasileira de Defesa do Patrimônio Geológico e Mineiro, professora Dra. Marjorie Cseko Nolasco, agradeceu ao Governo do Estado, pelo apoio, além de todos os colaboradores que estão participando do simpósio. Ela destaca que a associação é transdisciplinar, composta principalmente por pessoas que se preocupam com o patrimônio mineiro do Brasil.
O público teve a oportunidade de conhecer experiências exitosas relacionadas aos diversos projetos de geoparques que estão sendo vivenciadas no mundo, apresentadas pelo conferencista Arthur Sá. Ele ressaltou além da preservação do patrimônio geológico nos diversos contextos, toda a importância na preservação da história e da cultura dos lugares. Ele ainda frisou a relevância do Geopark Araripe, com o êxito nas parcerias público-privadas para o desenvolvimento de seus trabalhos, com inserção e reconhecimento do território, além da conquista dos três selos verdes seguidos, o que representa algo raro em termos de geoparques no mundo.
Ele citou os diversos exemplos da humanidade relacionadas ao patrimônio geológico, a exemplo das manifestações do sagrado e a mitologia grega.