Por Rafael Celestino Soares

A geologia da Bacia Sedimentar do Araripe é complexa e isso tem a ver diretamente com os processos geológicos envolvidos na sua gênese. Vários geólogos já estudaram a composição das estruturas sedimentares que formam a bacia, e são várias as classificações propostas. Em cada unidade principal identificada, o geólogo reconhece uma Formação Geológica, e a descreve minuciosamente, dentro de uma subárea da Geologia denominada Estratigrafia. À grosso modo, é como se estivéssemos cortando um bolo formado por várias camadas e identificando cada uma dessas camadas.

Não existe uma classificação correta, e outra errada. Existem modelos propostos e nos cabe adotar o modelo A, B, ou C a fim de utilizá-lo para o entendimento dessas formações. O nome da formação geológica, em geral, é uma homenagem que o geólogo faz à localidade onde visualizou o afloramento pela primeira vez, ou onde o descreveu, não querendo dizer que ele ocorra apenas naquela localidade, ou cidade. O geólogo Mário Assine (2007), por exemplo, elaborou uma proposta para a Bacia do Araripe contendo os seguintes pacotes sedimentares (Em breve, falaremos sobre cada uma delas e você poderá clicar sobre cada formação para saber mais):

Formação Cariri (reconhecida às vezes por Mauriti) – Formação Brejo Santo – Formação Missão Velha – Formação Abaiara – Formação Barbalha (reconhecida às vezes por Rio da Batateira) – Formação Santana (Membro Crato, Membro Ipubi e Membro Romualdo) – Formação Araripina (reconhecida também como Arajara) e Formação Exu.

Cada formação geológica tem suas peculiaridades e representa momentos distintos na história geológica.

Para entender como a coluna estratigráfica funciona, basta imaginarmos um bolo em camadas. É como se cortássemos esse bolo para ver por dentro todas as camadas que o formam. Assim, para a Bacia do Araripe, temos o seguinte:

FIGURA

*as formações foram sendo depositadas, da mais antiga para a mais recente, da base pra o topo.